Em abril de 2013 recebemos um email que nos causou surpresa,pois
uma senhora chamada Edite Schumann Reynaud,de 84 anos,após pesquisas na
internet,localizou o blog da escola e uma poesia sobre o patrono Estanislau
Schumann lhe chamou atenção. A poesia contava de forma simples e resumida,um
pouco da vida desse cidadão,que veio da Alemanha e aqui fixou residência no início
do século XX. O cidadão homenageado era avô dessa senhora e a mesma informou que
desejava manter contato para pessoalmente contar mais um pouco da história de
vida de Estanislau Schumann.
Ficamos muito felizes com essa notícia e uma equipe composta
por professores,direção, assistentes pedagógicos e alunos da EEB Estanislau Schumann fizeram uma visita
histórica no dia 09 de maio de 2013. No
período vespertino, todos se deslocaram até a cidade de Mafra-SC para conhecer
uma pessoa que faz parte da história do município e da escola...
Passamos uma tarde muito agradável,onde dona Edite contou
para todos sobre a vida do seu avô e nosso patrono,vivida em quatro países (Polônia,Alemanha,França e Brasil),cheia de
aventuras,alegrias,conquistas e também muitas batalhas,pois algumas guerras e
conflitos também se fizeram presentes na sua vida.Conhecemos essa história e
pudemos esclarecer alguns fatos que antes tínhamos dúvidas...
Segue abaixo um pouco do depoimento da Sra. Edite Schumann
Reynaud:
...Eu tinha apenas
nove anos quando ele faleceu,mas meu avô sempre nos contava como tinha sido sua
vida,por isso posso descrever com veracidade sua história...Estanislau Schumann
nasceu na Polônia,se formou em medicina na Alemanha e lá teve que se
naturalizar para poder receber o diploma.Foi para França se especializar,casou com
uma francesa de nome Anna e veio para o Brasil com um amigo da faculdade,o Dr.
Piechnick. Escolheu Lapa para morar,onde permaneceu até por volta de 1894.Sua
esposa Anna logo veio a falecer devido a
uma grande epidemia de gripe ocorrido na época.Foi quando resolveu mudar-se
para Canoinhas com um casal de filhos pequenos.O menino,Estanislau Schumann
Junior (meu querido e falecido pai) e a menina Constantina,ambos com dois e
cinco anos.Escolheu um lugar no interior de Canoinhas,Bela Vista do Toldo,e lá
casou-se novamente com Maria Luiza Damaso da Silveira,minha querida 2ª avó,com
a qual teve mais três filhos,Enedina,Eulília e Eduardo.Adquiriu uma grande
fazenda e tornou-se um grande produtor de erva-mate.Montou uma clínica em sua
casa,onde utilizava os quartos para internamento,curou muita gente e tratava os
pobres gratuitamente....Ele morava bem no alto e num sábado,dia 06 de fevereiro
de 1939,desceu para visitar seus filhos e depois foi até a comissão da igreja
para doar um valor para conclusão da nova capela.Ao retornar para casa,durante
a subida,teve um colapso cardíaco e infelizmente veio a falecer.Deixou à todos
um legado de homem alegre,dinâmico e corajoso que soube lutar e trabalhar com
muita dignidade!”