quinta-feira, 4 de abril de 2013

SOCIOLOGIA



 As aulas de SOCIOLOGIA da Profª Charlene estão gerando muita discussão.

Dentre os temas trabalhados neste bimestre estão :
- O Estado Laico;
- O poder da Igreja sobre a sociedade;
- O conservadorismo no planejamento social; e ainda,
- A necessidade de conscientização sobre a importância da igualdade de gênero, em que homens e mulheres tenham os mesmos direitos assim como os mesmos deveres perante a sociedade.

Sobre esses temas, a aluna Caroline Spitzner, da 3ª 2, dá a sua opinião. Confira o texto na íntegra:


As raízes do patriarcalismo e sexismo no Brasil e 
a influência da Igreja em um suposto Estado Laico



          A Igreja Católica há muito tempo tem ocupado uma posição de poder na sociedade brasileira. E apesar de vivermos em um suposto Estado Laico, onde haveria uma separação entre Estado e Igreja, sua influência ainda é significativa. Estabelecida com a chegada dos europeus às terras brasileiras, a Igreja tem suportado o ideal da família tradicional e seus determinados papéis sociais de gênero.

        Apesar de que a visão conservadora sobre os supostos papéis que ambos os gêneros, masculino e feminino, deveriam exercer vai além da influência da Igreja. É observável que uma significativa parte do patriarcalismo e sexismo no Brasil é derivado de remanescentes e retrógrados valores religiosos.

      Pode-se usar como exemplo desses valores conservadores e patriarcais, uma família em que se espera que o pai seja o “chefe” e aquele que possui o controle. Já o papel esperado da mulher seria o de mãe, que ficaria em casa cuidando das crianças. Na sociedade, podem-se traçar as raízes desse modelo de organização até nos modelos divinos do texto bíblico que são majoritariamente masculinos, Deus é um homem, Jesus é um homem, etc. Essa imagem acaba sendo associada com a de pais e irmãos, que por serem do gênero masculino são associados a imagem de Deus, a qual as mulheres se tornam submissas.

       O papel que o gênero feminino deveria exercer foi influenciado por interpretações do texto bíblico, onde se tem a imagem santificada da mulher como uma mãe, ilustrada pela Virgem Maria.

       Esse sistema de organização da família está se tornando cada vez menos comum. Entre os fatores que contribuem para tal diminuição pode-se citar o aumento da participação da mulher no mercado de trabalho.

        Entretanto o patriarcalismo está muito presente em regiões rurais.

        A influência da Igreja em questões relacionadas ao papel da mulher na sociedade, também pode ser observada na posição extremamente conservadora da igreja com relação a contraceptivos e a discussão sobre a legalização do aborto. Esse é um tema polêmico principalmente porque apesar de ser uma questão de saúde, ele sempre acaba se tornando uma questão de idealismo.

       A influência da Igreja pôde ser observada nas eleições presidenciais de 2010, onde a então candidata, e atual Presidenta Dilma Roussef havia declarado que o tema do aborto deveria ser discutido no Congresso, pois era uma questão de saúde pública. Pouco tempo após essa declaração Dilma foi pressionada por grupos religiosos, que novamente mudaram o foco da discussão, transformando um assunto de saúde pública em uma questão de idealismo religioso.

      Isso nos faz questionar, realmente vivemos em um Estado Laico? Qual o nível de extensão do conservadorismo no plano social? Quanto poder a Igreja como instituição ainda exerce sobre a sociedade?

     E principalmente nos faz perguntar quando haverá igualdade de gênero no Brasil, ou pelo menos quando haverá uma diminuição significativa dessa desigualdade, para que pelo menos os direitos básicos da mulher sejam respeitados.

             Por: Caroline Spitzner - 3ª 2 

terça-feira, 2 de abril de 2013

O Trabalho ... segundo Karl Marx


 
          Os alunos dos 2ºˢ. Anos da Escola de Educação Básica Estanislau Schumann estão aprendendo e discutindo no 1º. Bimestre deste ano, na disciplina de Filosofia, o pensamento legado por alguns filósofos pertencentes ao período contemporâneo. Deste modo, Karl Marx é um deles e foi considerado um grande crítico do sistema capitalista de sua época, devido às desigualdades sociais. 
Karl Marx (1818 – 1883) foi um intelectual alemão e atuou como Economista, Filósofo, Historiador e Teórico Político. Suas ideias foram “realistas”, adquirindo vários adeptos. E embora criticadas em diversos momentos, tornaram-se atuais para refletirmos.
A partir da leitura de dois trechos de suas obras: O Capital e Manuscritos Econômicos - Filosóficos, os alunos desenvolveram uma interpretação sobre a diferença do trabalho humano e do trabalho alienante, proposto por este pensador. Vejamos algumas delas:
Bruna e Caine (2ª. 1): “ Marx considerava o trabalho das abelhas perfeito porque elas  não precisam de papel para desenvolver a construção das colméias, elas sabem o que tem que fazer e simplesmente fazem. O homem passa o seu projeto por várias etapas, para só então dar início à construção. Um pequeno ser faz um enorme trabalho, enquanto o homem demora a realizar o seu projeto, e por um pequeno defeito do projeto, tem que ser todo modificado. O trabalho do ser humano é muito mais complexo do que os animais conseguem fazer.”
 
Andressa C. (2ª. 1): “ O trabalho alienado, é quando o trabalhador está trabalhando muitas vezes com eficiência, mas a sua mente está em outros lugares, permanece no trabalho mas não com gosto, com prazer, com vontade;  sempre está insatisfeito no trabalho, amortecido, aborrecido, muitas vezes quando chega a hora de trabalhar vem a tristeza de ter que ir só por obrigação. Só se sente feliz fora do ambiente do trabalho. No trabalho alienante, ele não pensa, não se concentra na ação, não faz com satisfação, é o trabalho forçado que gera stress profissional, etc.”

 
Suelen e João (2ª. 2): Para Marx, o ser humano projeta mentalmente a construção antes de realizá-la. Desde o início o trabalhador já espera obter um resultado, facilitando a prática de seus serviços, fazendo com que tenha cada vez mais um resultado melhor e mais criativo. O trabalho humano, além do esforço físico, exige a vontade para o desenvolvimento das operações no seu devido tempo.”
“O trabalho alienado, para Marx, é a sensação de sofrimento, e não de bem-estar, no seu meio de trabalho há o bloqueio de suas energias físicas e mentais e com isso, surge o cansaço, a depressão, deste modo, o trabalho alienado se torna forçado, um trabalho de sacrifício e não pertence ao trabalhador, mas á outras pessoas.”
 
 
Valéria e Maira (2ª. 3): “ Para Marx, o trabalho humano é algo planejado pela mente do trabalhador, algo que desde o início está em sua consciência, ou seja, um resultado esperado. O trabalhador transforma o que pensa em realidade, enquanto os animais fazem e agem por instinto.”
“Marx diz que, o trabalho alienado é de sacrifício, pois, o trabalhador trabalha muito e o lucro não vai para ele e sim para outra pessoa, ou seja, á pessoa que dirige a produção. Trabalha insatisfeito, com uma sensação de sofrimento ao invés de bem-estar.”
           Então, vocês concordam com essas ideias de Marx sobre o trabalho? Faz sentido refletirmos elas nos dias de hoje, ou seja, podemos analisá-las em nossa sociedade brasileira?