segunda-feira, 28 de março de 2016

O que um véu preto esconde?


Matéria de Sociologia
Coordenação: Professora Charlene A. Kauctz
Artigo escrito por: Flávia Letícia Voidella
     A Arábia Saudita é um país muito luxuoso, dádivas ganhas do petróleo extraído. Sua capital Riad é muito movimentada por homens que vivem em uma vida de mimos, sustentados por esse dinheiro corrupto, tirados de outros países. As casas são verdadeiros palácios, decorados com objetos valiosos. As mulheres vestidas de diamantes, ouro e roupas maravilhosas, vivendo uma vida dos Deuses, com vários empregados aos seus pés, pessoas vindas de outros países para trabalhar como escravos levando uma vida medíocre, arrependidos juntando dinheiro para voltar ás suas raízes.   
      Será que a mulher Saudita é feliz?
      Maomé o Deus supremo, considerava o sexo feminino um modo de continuar as gerações e se o homem pode sustentar mais de uma família, sim ele pode ter quantas quiser. Essa discriminação é levada tão a sério, que quando uma menina nasce, é um desgosto para o pai, que não sente o mínimo de afeto pela criança, quando é um menino organizam festas em comemoração a está graça. Os jovens vão para o exterior estudar fora, ao contrário das jovens que não recebem educação, e quando recebem são aquelas de famílias mais ricas se o pai permitir pode aprender o básico "ler e escrever".
        A partir da primeira menstruação a mocinha é obrigada a deixar o colorido por um visual sombrio que lhe repercutirá para o resto da vida, vestimentas pretas e quentes não deixando nem um pedaço do corpo à mostra e o temido véu preto que tanto esconde.
         Depois disso o pai já pode arranjar o casamento e negociar o valor do dote. A felicidade pouco importa o que vale é satisfazer eles, o amor é trocado pelo dinheiro e a injustiça brilha triunfante. Jovens de doze, treze, quatorze anos se casam com "velhos" de quarenta, cinquenta, sessenta anos que às vezes já possuem até quatro esposas, é algo totalmente imoral e desumano casar-se com alguém que tem idade para ser seu avô. Na noite de núpcias se a mulher não for virgem pura, o marido pode escolher em desmanchar o negócio e devolve-la para a família, e quando o pai da família repudia a filha ela esta condenada a ser apedrejada até a morte, o que é comum em uma sociedade de tanta desigualdade.
           O mais absurdo é que os jovens viajam a outros países, na busca de satisfazer seu prazer em bordéis e cabarés, pagando prostitutas enquanto não acham uma esposa. É inadmissível que para eles não acontece absolutamente nada.
O que ninguém sabe que entre tanto ouro, riqueza e por traz de um véu preto, se esconde rostos sem vida, corações vazios, que passam os dias a esperar pela morte ou na esperança de dias melhores.
           No Brasil os direitos de homem e da mulher são igualados, existem sim algumas diferenças, mas o voto, o trabalho, a independência e a direção do país com uma mulher no comando, tudo foi conquistado pela força feminina e com a ajuda de alguns homens que as admiram e reconhecem que foi de um ventre de uma delas que ganhou a vida. Então, será mesmo que alguma brasileira vai querer viver uma vida de saudita, trocar a liberdade e o respeito pela riqueza e infelicidade.
             O Brasil passa por uma séria crise política, corrupção, inflação, efeitos globais causados por nós mesmos, coisas mínimas comparadas às prisões das mulheres na Arábia. É fácil reclamar das pequenas dificuldades, já para uma saudita a questão é: pode e para quem reclamar.


Nenhum comentário:

Postar um comentário