O professor Adilson e a professora Charlene aproveitaram para que os alunos pesquisassem contos,causos,histórias ou lendas que fazem parte do folclore belavistense.
Tivemos muitos depoimentos de pessoas da comunidade e agradecemos a colaboração de todos.
Confira alguns depoimentos:
O causo do baile Alaíde de Quadros Rank-Tira Fogo
Mayara
Rank e Alexs Yuri – 1ª 1 – EMI
Havia dois
homens trovando, um estava trovando melhor que o outro e aquele que estava
trovando melhor, disse:
-
Hoje eu trovo até com o diabo!
Dali a pouco apareceu um moço muito
bonito com um violão floriado debaixo do braço e todas as moças queriam dançar
com ele.
Ele estava dançando com quase todas
elas, menos com uma porque ela tinha uma
correntinha com uma cruzinha no pescoço. Depois que ele dançou com todas elas, foi
trovar.
Aquele que estava trovando
bem, estava se apurando com ele e reparou que era redondo o pé dele e lhe
chamou de pé de pato.
- Chama-me de pé de pato que pé de pato quero ser, vou nadar nas
lagoazinhas que as mocinhas vão beber.
O trovador que estava perdendo fez o
sinal da cruz e se ouviu um estouro dentro do salão e tapou de fumaça. O tal moço
bonito simplesmente desapareceu e até deixou o seu violão. As pessoas que ali estavam foram ver que não era
um violão, mas uma canoa de palmeira.
BOITATÁ MARIA DE LURDES CASTRO, 82 ANOS,BELA VISTA DO TOLDO
Taiara Castro e Luana
Adamzeski - 1ª 3 – EMI
Antes eu morava num lugar onde havia poucos vizinhos. Era quase no meio
do mato e ficava bem distante da cidade, tudo era de difícil acesso.
Como
eu precisava criar meus filhos, ia até a cidade a pé, muitas vezes com um deles
que ia ou voltava chorando.
Depois de ter comprado as coisas, certa vez estávamos voltando para a
casa, já estava anoitecendo, quando no caminho ouvi um forte barulho. Olhei
para o lado em direção a mata e me assustei quando vi uma bola de fogo...
Peguei meu filho no colo, com aquelas sacolas pesadas e continuei
caminhando assustadamente. Aquela bola de fogo foi se aproximando, mas num
piscar de olhos sumiu. Que susto!!!
A lenda da alma Fabiano Jankowski, 61 anos, Lagoa do Sul
Marina Jankowski Bialeski – 1ª 2 – EMI
Diziam todos os
familiares do meu avô e amigos da comunidade que, se na sexta-feira santa, no
período da quaresma, ou no dia das almas, qualquer um que tivesse muita coragem
fosse até a igreja, atrás da porta viria uma certa pessoa que o ensinaria a tocar violão.
Mas para isso, diz
meu avô, que “o caboclo tem que ter é muita coragem para aguentar”, a tal alma
que ia ensinar a tocar violão. Ela ia voltar
todos os anos lá e a pessoa devia estar sempre esperando para aprender
mais.
Caso o contrário,
aquela pessoa não voltasse nos próximos anos, a alma não daria nunca mais
sossego na sua vida. Isso também ia acontecer se a pessoa que foi para
aprender, ficasse com medo e não permanecesse lá.
Diz meu avô que seu
pai sempre contava essa história que, quando eles eram mais novos, reunia uma
turma de amigos e iam até a igreja, mas nunca, nenhum teve coragem de entrar
para esperar a tal “alma”.
O susto inesperado - Lídio Schiessl,pai da aluna Luana Schiessl
Luana Schiessl e Cláudia Roberta Schiessl – 1ª 4
- EMI
Sabe-se muito bem que antigamente quase ninguém
tinha um veiculo; o serviço era muito,
trabalhavam até a noite e atoravam o caminho por carreiros, sempre sozinhos.
Certo
dia o senhor Lídio Schiessl estava voltando para casa em dia de quaresma, com
medo, pois quem que não fica ainda mais
quando criança, a imaginação é grande. Já voltando para casa em meio a um
taquarizal, escutou sons de passos moendo as taquaras, olha para todos os lados
e não vê nada, então seu coração dispara e começa a correr, mas por mais longe
que ia, aqueles ruídos continuavam.
Então
apelou para uma reza, pulava tudo, estava desesperado, pensou que era um
boitatá, uma mula-sem-cabeça... Naquele momento tudo passava em seus pensamentos,
as histórias que contavam em volta do fogo, todas vinham em sua mente, sendo
elas maioria contos de terror.
Que
susto ver uma pata de cavalo e escutar um relincho vindo do meio do mato e sem
nenhuma reação dá um grito.
- Meu Deus, é uma mula-sem-cabeça!
Nisso
vinha um senhor, era um caçador muito conhecido na região, que perguntou o que
havia acontecido. Não conseguia mais correr,
não escondia a alegria de ter o encontrado e logo respondeu:
-
Eu viiii umaaa mulaa-sem-cabeça!
Ele
riu e respondeu:
-
Filho, não existem estas coisas, vou provar para você. Diga-me o local onde a
avistou?
- Ah
senhor, ali mesmo.
- Então o senhor procurou por todos os lados
e não avistou nada e disse com uma voz de ignorância:
- Que imaginação!!!
Continuou
seu percurso e o senhor Lídio também continuou o seu até chegar em casa, mas
não conseguiu esquecer aquele dia, pois jura que tinha visto alguma coisa, só
que até agora com 57 anos de idade não sabe o que era.
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