sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Trabalhos sobre Folclore- Contos Belavistenses- parte 01

No mês de agosto os alunos do EMI realizaram diversas atividades relacionadas ao Folclore.
O professor Adilson e a professora Charlene aproveitaram para que os alunos pesquisassem  contos,causos,histórias ou lendas que fazem parte do folclore belavistense.
Tivemos muitos depoimentos de pessoas da comunidade e agradecemos a colaboração de todos.
Confira alguns depoimentos:

   O causo do baile       Alaíde de Quadros Rank-Tira Fogo
                                               Mayara Rank e Alexs Yuri – 1ª 1 – EMI


Havia dois homens trovando, um estava trovando melhor que o outro e aquele que estava trovando melhor, disse:
       -  Hoje eu trovo até com o diabo!
        Dali a pouco apareceu um moço muito bonito com um violão floriado debaixo do braço e todas as moças queriam dançar com ele.
         Ele estava dançando com quase todas elas,  menos com uma porque ela tinha uma correntinha com uma cruzinha no pescoço. Depois que ele dançou com todas elas, foi trovar.
  Aquele que estava trovando bem, estava se apurando com ele e reparou que era redondo o pé dele e lhe chamou de pé de pato.    
- Chama-me de pé de pato que pé de pato quero ser, vou nadar nas lagoazinhas que as mocinhas vão beber.                 
        O trovador que estava perdendo fez o sinal da cruz e se ouviu um estouro dentro do salão e tapou de fumaça. O tal moço bonito simplesmente desapareceu e até deixou o seu violão. As  pessoas que ali estavam foram ver que não era um violão, mas uma canoa de palmeira.

                BOITATÁ      MARIA DE LURDES CASTRO, 82 ANOS,BELA VISTA DO TOLDO
Taiara Castro e Luana Adamzeski     - 1ª 3 – EMI

                Antes eu morava num lugar onde havia poucos vizinhos. Era quase no meio do mato e ficava bem distante da cidade, tudo era de difícil acesso.
                Como eu precisava criar meus filhos, ia até a cidade a pé, muitas vezes com um deles que ia ou voltava chorando.
                Depois de ter comprado as coisas, certa vez estávamos voltando para a casa, já estava anoitecendo, quando no caminho ouvi um forte barulho. Olhei para o lado em direção a mata e me assustei quando vi uma bola de fogo...
                Peguei meu filho no colo, com aquelas sacolas pesadas e continuei caminhando assustadamente. Aquela bola de fogo foi se aproximando, mas num piscar de olhos sumiu. Que susto!!!










                A lenda da alma     Fabiano Jankowski, 61 anos, Lagoa do Sul
                                             Marina Jankowski Bialeski – 1ª 2 – EMI

Diziam todos os familiares do meu avô e amigos da comunidade que, se na sexta-feira santa, no período da quaresma, ou no dia das almas, qualquer um que tivesse muita coragem fosse até a igreja, atrás da porta viria uma certa pessoa que o ensinaria a tocar  violão.
    Mas para isso, diz meu avô, que “o caboclo tem que ter é muita coragem para aguentar”, a tal alma que ia ensinar a tocar violão. Ela ia voltar  todos os anos lá e a pessoa devia estar sempre esperando para aprender mais.
    Caso o contrário, aquela pessoa não voltasse nos próximos anos, a alma não daria nunca mais sossego na sua vida. Isso também ia acontecer se a pessoa que foi para aprender, ficasse com medo e não permanecesse lá.
    Diz meu avô que seu pai sempre contava essa história que, quando eles eram mais novos, reunia uma turma de amigos e iam até a igreja, mas nunca, nenhum teve coragem de entrar para esperar a tal “alma”.

O susto inesperado  - Lídio  Schiessl,pai da aluna Luana Schiessl
Luana Schiessl e Cláudia Roberta Schiessl – 1ª 4 - EMI

Sabe-se muito bem que antigamente quase ninguém tinha  um veiculo; o serviço era muito, trabalhavam até a noite e atoravam o caminho por carreiros, sempre sozinhos.
            Certo dia o senhor Lídio Schiessl estava voltando para casa em dia de quaresma, com medo, pois quem que não fica  ainda mais quando criança, a imaginação é grande. Já voltando para casa em meio a um taquarizal, escutou sons de passos moendo as taquaras, olha para todos os lados e não vê nada, então seu coração dispara e começa a correr, mas por mais longe que ia, aqueles ruídos continuavam.
            Então apelou para uma reza, pulava tudo, estava desesperado, pensou que era um boitatá, uma mula-sem-cabeça... Naquele momento tudo passava em seus pensamentos, as histórias que contavam em volta do fogo, todas vinham em sua mente, sendo elas maioria contos de terror.
            Que susto ver uma pata de cavalo e escutar um relincho vindo do meio do mato e sem nenhuma reação dá um grito.
             - Meu Deus, é uma mula-sem-cabeça!
            Nisso vinha um senhor, era um caçador muito conhecido na região, que perguntou o que havia acontecido. Não conseguia mais correr,  não escondia a alegria de ter o encontrado e logo respondeu:
            - Eu viiii umaaa mulaa-sem-cabeça!
            Ele riu e respondeu:
          - Filho, não existem estas coisas, vou provar para você. Diga-me o local onde a avistou?
          -  Ah senhor, ali mesmo.
          - Então o senhor procurou por todos os lados e não avistou nada e disse com uma voz de ignorância:
         - Que imaginação!!!
            Continuou seu percurso e o senhor Lídio também continuou o seu até chegar em casa, mas não conseguiu esquecer aquele dia, pois jura que tinha visto alguma coisa, só que até agora com 57 anos de idade não sabe o que era.

Nenhum comentário:

Postar um comentário