sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Contos Belavistenses- parte 02

      
Continuando a publicação dos contos coletados pelos alunos do EMI na comunidade local...



O lobisomem-   Maria Gomes dos Santos, 78 anos,Tira Fogo
Cristina e Diane-1ª 4 - EMI

Em um pequeno povoado, corria uma notícia de que um homem se transformava em lobisomem. Certa vez uma criança ficou muito doente e esse lobisomem começou a rodear a casa da família.      
Passado um tempo, essa criança faleceu. Na noite de guarda (velório) da criança, o lobisomem entrou na casa, começou a rodear e a pular por cima do corpo da criança.
 Alguns homens retiraram-no de dentro da casa e fecharam as portas. Mesmo assim não tiveram sossego, pois o lobisomem começou a arranhar as portas para entrar. Os homens saíram e o apedrejavam; mesmo assim, minutos depois,  ele voltava. Foi um tormento a noite inteira.
 No dia seguinte enterraram a criança, e a noite o lobisomem foi até o cemitério, retirou a criança do túmulo de maneira violenta, fazendo dela sua refeição.
        
O Baile- Sofia Arendartchuck Schiessl,70 anos, Imbuia
Caroline Schiessl e Jean Carlos Machado – 1ª 4 – EMI

Dizem que não é correto sair de casa durante a quaresma, pois eu não acreditava até que algo impressionante aconteceu.
Eu tinha uma amiga e nós gostávamos muito de dançar, até que um dia em plena quaresma resolvemos ir a um baile, pedi a meus pais, mas eles não deixaram. (Graças a Deus)
Minha amiga, muito desobediente, foi naquele baile mesmo contra o gosto de seus pais, mas não devia ter ido.
No baile, ela conheceu um rapaz muito bonito e elegante, jovem e com olhos irresistíveis, azuis. O belo jovem a convidou para dançar, sem pensar duas vezes ela aceitou. O rapaz dançava muito bem e com palavras doces foi cativando o coração da moça.
Quando o relógio marcava quase meia noite, a mulher notou que o jovem começou a pisar em seus pés enquanto dançava. E para ser discreta, ela não olhou para baixo, quando faltava um minuto para meia noite, ela olhou e o que ela viu foi incrível, as botas bem lustradas do rapaz tinham virado em cascos de cavalo todos sujos e feios, quando ela olhou para cima, o belo rosto do jovem tinha criado uma feição horrível, aquela era a verdadeira visão do inferno.
 Quando o relógio bateu duas vezes a meia noite, todos que lá estavam, ouviram um grande barulho de trovão e uma fumaça preta levantou do chão, que rachou o salão ao meio.
Depois que a fumaça baixou, todos só viram um imenso buraco sem fim no chão e
minha amiga e o diabo desaparecidos.

           Mula-sem-cabeça -   Adauto Zaiontz,  45 anos, Colônia Ouro Verde)

                              Flávia Zaiontz e Sandriãne Emiliano    -      1ª 2 – EMI

Em um determinado reino, a rainha costuma ir secretamente ao cemitério, no período da noite.
O rei, numa determinada noite, resolveu segui-lo para ver o que estava acontecendo. Ao chegar ao cemitério, deparou-se com a esposa comendo o cadáver de uma criança. Assustado, soltou um grito horrível.
A rainha, ao perceber que o marido descobriu seu segredo, transformou-se numa mula-sem-cabeça e saiu galopando pela mata. Nunca mais retornou à corte.


A panela de ouro -Rosa Bialeski, 71 anos, Serra do Lucindo
Cláudia, Sandy, Elisângela e Daniela – 1ª 1 – EMI

Havia uma lenda que numa estufa de fumo existia visagem. Um homem que secava fumo, contava que se abria e se fechava a porta da estufa sem ter vento algum.
À noite, dizia que escutava choro de criança, sendo que só ele estava lá. Ouvia cavalo relinchando e não tinha cavalo. Ele via bola de fogo no céu, via também uma noiva chorando pelos cantos.
Tudo isso acontecia em 1940... O que falavam era que existia isso por causa de uma panela de ouro enterrada lá, por isso que havia visagens.



Essa panela de ouro era de pessoas antigas que escondiam seus pertences de valor até acabar as guerras, porém depois se esqueciam onde haviam guardado.


O corpo seco -Jair Woidella,Lagoa do Sul



Welinthon Jailson Woidella e Mateus Vinicius Niedzielski e  1ª3- EMI


Todo sábado eu ia de bicicleta na casa de uma namorada que eu tinha.
  Na volta, ao passar em frente ao cemitério, um corpo seco sentava na minha garupa e o peso ficava o dobro.      


Sempre ele me estourava o pneu  e então eu tinha que fazer o resto do trajeto a pé. 


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